quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Coração Valente dá adeus aos gramados


Na última quinta feira Washington Stecanela Cerqueira, mais conhecido como Coração Valente, encerrou a sua vitoriosa carreira aos 35 anos de idade após conceder uma emocionada entrevista na qual encontrava-se abraçado às duas filhas, chorava como criança devido à sua despedida. Washington, mesmo submetido em 2003 a um cateterismo, e por ser diabético, afirmou que esse não fora o real motivo de ter “pendurado as chuteiras”, mas sim por razões familiares antecipou sua aposentadoria que estava agendada para o final deste ano. Segundo os médicos do Fluminense, o cateterismo e o diabetes, controlados da forma adequada, não seriam problemas para a continuidade de sua carreira, sendo uma decisão exclusivamente pessoal.


Washington iniciou sua carreira no Caxias RS, sendo transferido para a Ponte Preta, time este que o projetou para o cenário nacional, levando-o, inclusive, a defender a Seleção Brasileira na Copa das Confederações de 2001. Na macaca foi artilheiro do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil de 2001, razão pela qual veio a ser contratado pelo Fenerbahce da Turquia. Após uma rápida passagem pelo time turco transferiu-se para o Atlético Paranaense, clube onde atingiu o auge de sua carreira. No Furacão o atacante foi reprovado nos exames cardiovasculares, sendo submetido a uma cirurgia de cateterismo. Muitos davam como certo o fim de sua carreira futebolística, todavia mesmo após ficar um ano afastado dos gramados, o “Coração Valente” com muita garra, força de vontade e invejável determinação presenteou o Atlético Paranaense, clube que acreditou em sua recuperação, com um vice-campeonato brasileiro disputadíssimo até o seu final. Foi além, nesse ano Washington tornou-se o maior artilheiro da história do Campeonato Brasileiro, em uma única edição, ao marcar 34 gols.

Ainda em 2004, Washington saiu de Curitiba como herói, transferiu-se para o Tokyo Verdy, onde jogou uma temporada, e na outra jogou pelo Urawa Red Diomonds, ambos clubes do Japão. Lá o brasiliense também colecionou artilharias e comemorou alguns títulos. No seu retorno para o Brasil teve passagens pelo Fluminense, São Paulo e retornou ao Fluminense vindo a encerrar a sua carreira com “chave de ouro” ao ser mais uma vez Campeão Brasileiro.

O atacante, que por diversas vezes teve o seu futebol publicamente criticado, sendo chamado de “caneludo”, “perna de pau”, adquiriu respeito e pôde mostrar durante esses anos o seu verdadeiro valor em cada clube que passou. Comemorou exatos 199 gols, cansou de ser artilheiro de campeonatos, ganhou três bolas de prata, chuteira de ouro, mas, com toda certeza, sua maior vitória foi provar para todos, e principalmente para si mesmo, que a sua vontade e superação venceram a razão. Teve como lição de vida a necessidade de parar por um ano a sua profissão sem saber ao certo se ela seria interrompida precocemente. Com muito esforço extra-campo, dedicação ao trabalho e simplicidade Washington adquiriu a simpatia e admiração da grande maioria dos torcedores brasileiros, independentemente do clube que torcem, não apenas pelo seu caráter e futebol apresentado (feito este que se estende, acredito eu, ao goleiro Marcos do Palmeiras, e ao Ronaldo Fenônemo, atacante corintiano e ídolo nacional), mas sim por tornar um sonho, mesmo que conturbado em alguns momentos, na mais plena realidade.
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Referências: 

http://pt.wikipedia.org/wiki/Washington_Stecanela_Cerqueira
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Informações para a imprensa:

Fábio Miguel Lara é advogado do escritório Pereira, Camargo & Lara – Advogados Associados, pós graduado em Direito do Trabalho e atuante nas áreas de Direito Empresarial, Cível e Trabalhista.

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