quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Inaugurado há 3 anos, Hospital Ouro Verde tem salas vazias e rachaduras

Unidade opera com 60% da capacidade, apesar da liberação de verbas
26/10/2011 - 12:35
Alterar o tamanho da letra A+A-
Inaugurado há três anos e com equipamentos de última geração, o Hospital Ouro Verde, em Campinas, tem problemas de infraestrutura, falta de profissionais para viabilizar a capacidade da unidade médica e déficit orçamentário. O hospital trabalha com 60% da sua capacidade. A arrecadação de verbas municipais e federais totalizam R$ 4,5 milhões, mas seriam necessários R$ 8 milhões ao mês.
EPTV teve acesso ao prédio e é possível observar rachaduras pelas paredes. Por causa disso, os 60 leitos da clínica médica que estavam em funcionamento tiveram que ser transferidos para outra ala.
Mas o que mais impressiona são as áreas vazias. São oito salas de cirurgia, mas apenas duas funcionam. Por mês, o hospital faz 350 cirurgias eletivas. Poderia fazer até 1,5 mil e no mesmo período, se outras seis salas, sendo duas de urgência, estivessem funcionando.
Outra situação preocupante. Em uma sala, estão equipamentos que valem R$ 1 milhão. Entre as máquinas, um microscópio que pode ser usado em cirurgias neurológicas e de mãos. Raro também é o uso da laparoscopia, este aparelho usado pelos médicos durante cirurgias. A máquina de mamografia foi instalada há um mês, mas faltam profissionais para operá-la. Segundo a diretoria, se estivesse ativa, poderia atender 900 pessoas por mês. Hoje a demora para fazer este exame na cidade é de, em média, 30 dias.
Outro Lado
O diretor técnico do Hospital Ouro Verde, Gustavo Guth, informou que sem recursos já aprovados pelo Ministério da Saúde a unidade não consegue operar em 100% de sua plenitude em 3 meses.
O secretário de Saúde,Francisco Kerr Saraiva, disse que até o fim do ano o hospital terá 100% funcionando, já que o governo federal acertou um aditamento na verba para o hospital no valor de R$ 2,6 milhões.Em poucos dias, segundo ele, a parte burocrática do trâmite da verba terminará e o dinheiro estará liberado para o Ouro Verde.
Sobre as rachaduras, Kerr informou que a construtora se responsabilizou pela manutenção. O prédio foi construído em uma área onde era um brejo, segundo o diretor técnico do hospital.