ATITUDE PEQUENA PARA UM GRANDE CAMPEÃO
Indiscutivelmente o alemão Michael Schumacher se não for o maior, é sem sombra de dúvidas, um dos melhores pilotos da história da fórmula 1. Ostenta nada menos que 91 vitórias em grandes prêmios e sete títulos mundiais. Atrás dele, por uma considerável distância, aparece o argentino Juan Manuel Fangio com 51 vitórias e cinco títulos mundiais.
Não restam dúvidas de que o alemão é um piloto técnico, arrojado, corajoso e muito rápido. Todavia, não poderíamos deixar de comentar a atitude covarde e inconsequente realizada por Schumacher no Grande prêmio da Hungria, quando quase arremessou o brasileiro Rubens Barrichello ao muro no momento em que sofria uma belíssima ultrapassagem pela direta. O brasileiro, após iniciar a ultrapassagem em cima do hepta campeão, recebeu um “fechada” e diante disso, ficou a alguns centímetros do muro de proteção.
Por ironia do destino, Barrichello e Schumacher foram companheiros por seis anos de Ferrari, sendo que aquele foi o braço direito e fiel escudeiro de Schumacher, sempre o ajudando a conseguir vitórias e, consequentemente, títulos mundiais. (Cumpre destacar que em 2002 Barrichello foi obrigado pela Ferrari a abrir passagem para Schumacher) Vai além, o hepta campeão após praticar uma atitude totalmente antidesportiva comentou ao final da corrida que “deixou espaço suficiente para o brasileiro passar, por isso ele passou”.
A FIA, que de uns tempos para cá encontra-se sem credibilidade alguma, ridiculamente puniu o alemão com a perda de dez punições no grande prêmio da Bélgica. Ora, por se tratar de uma atitude antidesportiva que colocou notoriamente a vida de um colega de profissão em risco de morte, ele deveria ser severamente punido com uma elevada multa e a perda de vários pontos no mundial de automobilismo.
Schumacher não perderá a majestade brilhantemente demonstrada durante vários anos de fórmula 1, entretanto, deixou cristalina a sua arrogância e prepotência, defeitos estes que não condizem com um verdeiro campeão.
Bons tempos aqueles em que tínhamos prazer em acordar cedo aos domingos e tomar café da manhã regado aos gritos do Galvão Bueno: Ayrton, Ayrton, Ayrton Senna do Brasil!!!
Informações para a Imprensa:
Fábio Miguel Lara é advogado do escritório Pereira, Camargo & Lara – Advogados Associados, pós graduado em Direito do Trabalho e atuante nas áreas de Direito Empresarial, Cível e Trabalhista.
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